Respeitada publicação americana coloca país como um dos principais desenvolvedores de conteúdo científico na área
O prestígio internacional do Brasil está em alta no que se refere às pesquisas voltadas para a disfagia orofaríngea. A Dysphagia, uma das mais conceituadas revistas da área, publicou um artigo em que coloca o país na quarta posição em volume de produção científica. À nossa frente só os Estados Unidos, Japão e a União Europeia, nessa ordem. Não fosse o agrupamento de países do Velho Continente, feito pelos autores do artigo, o Brasil estaria na terceira colocação.
O texto faz uma análise dos trabalhos científicos de várias partes do mundo publicados entre 2001 e 2011 e constata que a maioria das produções brasileiras sobre disfagia foi realizada por fonoaudiólogos. Dentistas, otorrinolaringologistas, gastroenterologistas, entre outros profissionais, vêm em seguida.
Para Roberta Gonçalves, coordenadora do Departamento de Disfagia da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), essa revelação evidencia o potencial dos grupos de pesquisa brasileiros que estudam a disfagia e colocam o país numa posição de visibilidade no cenário científico internacional. Ela aponta os possíveis desdobramentos da notícia.
“Acredito que pode trazer boas consequências tanto do ponto de vista da formação do fonoaudiólogo quanto no âmbito científico. Em outras palavras, podemos atrair mais recursos financeiros para realizar pesquisas e também despertar o interesse dos fonoaudiólogos no trabalho clínico e na especialização em Disfagia”, prevê Roberta Gonçalves.
GANHOS PARA A PROFISSÃO
Para a presidente do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), Bianca Queiroga, a informação divulgada pela revista Dysphagia pode ter reflexos positivos para a categoria. Ela acredita que mais profissionais podem procurar adquirir o título de especialista em Disfagia, o que é importante para dar maior qualidade aos serviços de saúde à população.
“A Disfagia é uma das áreas da Fonoaudiologia que tem muito campo para crescer. Os profissionais podem trabalhar em clínicas, hospitais e home cares, por exemplo. O artigo publicado enfatiza a capacidade científica e profissional que nós, fonoaudiólogos, temos”, conta Bianca Queiroga. No Brasil, atualmente, 49 profissionais têm o título de especialista pelo CFFa.
Rafael Nascimento, repórter.
Fonte: Comunicar Revista do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia. Ano XIII - número 58 - julho- setembro de 2013.
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