Danielle Pedroni Moraes¹
Diretora Técnica da Unidade de apoio de Fonoaudiologia do
instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP. Doutora em Ciência pela
Faculdade de Medicina da Universidade de são Paulo. Especialista em
administração Hospitalar pela Faculdade de saúde Pública da USP.
O campo de atuação da Fonoaudiologia vem
ganhando forte expansão no âmbito hospitalar. O trabalho em hospital engloba diversas
categorias e representa um desafio ao fonoaudiólogo, tanto pela necessidade de
lidar com a assistência a pacientes com doenças mais complexas e crônicas, ou
lidar com os constantes avanços tecnológicos e científicos dentro de suas áreas
de atuação quanto pelo surgimento de uma demanda na área de gestão hospitalar.
A dinâmica de trabalho para otimização
dos resultados exige a combinação de técnicas e ferramentas de gestão direcionadas
para a qualidade. Essa estratégia vem de encontro com o que preconizam as
instituições hospitalares quanto à padronização, racionalização, segurança e
qualidade dos serviços de saúde. Devido à organização dinâmica hospitalar,
embasada em uma atuação multiprofissional, os processos de gestão requerem a
atuação e o monitoramento dos processos e resultados comuns.
Com a demanda crescente de serviços na
Fonoaudiologia hospitalar, alguns desafios vem surgindo, como a melhora da
eficiência do fluxo de trabalho e melhor utilização de recursos em atendimentos
de alta complexidade. Para que haja excelência nos serviços de fonoaudiologia
prestados neste âmbito, é necessário absorver novos conceitos e práticas de
gestão, para administrar as pressões competitivas e manutenção da
sustentabilidade das organizações de saúde. Diversos pontos estão envolvidos no
processo de gestão da Fonoaudiologia Hospitalar como a gestão dos processos
fonoaudiológicos, a identificação de possíveis melhorias no serviço, utilização
de novas tecnologias e pontos de melhoria e aprimoramento dos serviços
prestados e a gestão de pessoas (avaliação de desempenho e valorização do
profissional), a gestão de risco, que visa identificar pontos onde haja falhas
em procedimentos e rotinas do hospital para que seja possível criar planos que
evitem a ocorrência desses erros e a gestão dos custos, para a busca dos
melhores padrões de eficiência na utilização dos recursos alocados às
atividades operacionais. Essa perspectiva favorece o crescimento e a
constituição de uma base sólida da Fonoaudiologia.
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