terça-feira, 26 de março de 2013

Gestão hospitalar: as contribuições da Fonoaudiologia



Danielle Pedroni Moraes¹
Diretora Técnica da Unidade de apoio de Fonoaudiologia do instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP. Doutora em Ciência pela Faculdade de Medicina da Universidade de são Paulo. Especialista em administração Hospitalar pela Faculdade de saúde Pública da USP.

O campo de atuação da Fonoaudiologia vem ganhando forte expansão no âmbito hospitalar. O trabalho em hospital engloba diversas categorias e representa um desafio ao fonoaudiólogo, tanto pela necessidade de lidar com a assistência a pacientes com doenças mais complexas e crônicas, ou lidar com os constantes avanços tecnológicos e científicos dentro de suas áreas de atuação quanto pelo surgimento de uma demanda na área de gestão hospitalar.

A dinâmica de trabalho para otimização dos resultados exige a combinação de técnicas e ferramentas de gestão direcionadas para a qualidade. Essa estratégia vem de encontro com o que preconizam as instituições hospitalares quanto à padronização, racionalização, segurança e qualidade dos serviços de saúde. Devido à organização dinâmica hospitalar, embasada em uma atuação multiprofissional, os processos de gestão requerem a atuação e o monitoramento dos processos e resultados comuns.

Com a demanda crescente de serviços na Fonoaudiologia hospitalar, alguns desafios vem surgindo, como a melhora da eficiência do fluxo de trabalho e melhor utilização de recursos em atendimentos de alta complexidade. Para que haja excelência nos serviços de fonoaudiologia prestados neste âmbito, é necessário absorver novos conceitos e práticas de gestão, para administrar as pressões competitivas e manutenção da sustentabilidade das organizações de saúde. Diversos pontos estão envolvidos no processo de gestão da Fonoaudiologia Hospitalar como a gestão dos processos fonoaudiológicos, a identificação de possíveis melhorias no serviço, utilização de novas tecnologias e pontos de melhoria e aprimoramento dos serviços prestados e a gestão de pessoas (avaliação de desempenho e valorização do profissional), a gestão de risco, que visa identificar pontos onde haja falhas em procedimentos e rotinas do hospital para que seja possível criar planos que evitem a ocorrência desses erros e a gestão dos custos, para a busca dos melhores padrões de eficiência na utilização dos recursos alocados às atividades operacionais. Essa perspectiva favorece o crescimento e a constituição de uma base sólida da Fonoaudiologia.

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