domingo, 28 de abril de 2013

A voz e sua evolução com a Idade

Com a idade, a voz também sofre alterações. As maiores mudanças ocorrem durante a infância e a adolescência e a laringe só atinge a maturação na idade adulta.
Ao longo da puberdade, as dimensões e morfologia da laringe vão se modificando, alterando a tonalidade e timbre de voz.
No adulto, a voz permanece relativamente estável. Contudo, à medida em que a idade se avança, surgem modificações a nível muscular, ao mesmo tempo em que a mucosa se altera.

Alterações que podem ocorrer com a idade:

  • No homem, a voz pode torna-se mais aguda
  • Na mulher, a voz pode tornar-se mais grave
  • A voz pode ter menor intensidade e projeção
  • Diminuição da resistência vocal
  • Dificuldade ao se fazer entendido em ambientes ruidosos
  • A voz pode tornar-se trêmula
O impacto dessas alterações pode ser, ainda, aumentado pela diminuição da capacidade auditiva, que também se altera com a idade.







sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Fonoaudiologia na Educação de Jovens e Adultos

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade específica da Educação Básica, que se propõe a atender um público ao qual foi negado o direito à educação durante a infância e/ou adolescência, seja pela oferta irregular de vagas, seja pelas inadequações do sistema de ensino ou pelas condições socioeconômicas desfavoráveis (MEC, 1999 ).

Quando inicia os estudos na EJA, o aluno segue uma sequência por área de conhecimento, cujas disciplinas  são distribuídas em blocos, combinando aulas presenciais e a distância. A Educação de Jovens e Adultos tenta aproximar o conteúdo à realidade do aluno por meio de um currículo flexível, integrado às dimensões de educação geral e profissional, reconhecendo processos de aprendizagem informais e formais. Tal metodologia permite que os alunos obtenham novas aprendizagens e a certificação correspondente mediante diferentes trajetórias formativas (PIERRO; JOIA; RIBEIRO, 2001*).

O fonoaudiólogo, que tem a linguagem como objeto de trabalho, deve compreender o contexto escolar e colocar-se como parceiro, em busca de transformações que promovam a saúde, melhorem a qualidade de vida e construam a cidadania.

Conforme exposto no art. 3º, no item 3 da Resolução do CFFa nº 387, de 18 de setembro de 2010, que dispõe sobre as atribuições e competências do profissional especialista em Fonoaudiologia Educacional, o Fonoaudiólogo está apto a atuar em todas as esferas administrativas e autarquias educacionais voltadas à Educação Básica; Educação Especial; Educação Profissional e Tecnológica; Educação a Distância; Educação de Jovens e Adultos; Educação Superior e Pós-Graduação.

A experiência das autoras com a Educação de Jovens e Adultos teve início quando o curso de Fonoaudiologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) passou a ser oferecido no período noturno
e os estágios tiveram que ser adequados ao mesmo turno. O Estágio Supervisionado em Fonoaudiologia  Comunitária e Institucional, oferecido no 7º semestre do curso, busca desenvolver ações integradas entre  Fonoaudiologia e Educação. O objetivo desse estágio é promover a saúde fonoaudiológica no espaço
escolar, associando as práticas fonoaudiológicas ao contexto das políticas atuais da educação. Prioriza-se inicialmente, realizar o levantamento das necessidades por meio do diagnóstico institucional, sugerindo ações que se encaixem no perfil da escola.

A partir da experiência vivenciada na Educação de Jovens e Adultos, as autoras observaram alguns pontos que interferem no processo de aprendizagem nessa modalidade de educação, tais como faixa etária diversificada numa mesma sala de aula, comunicação restrita devido aos diferentes interesses, dificuldades na memória, dificuldades na interpretação de textos, entre outros.

Desse modo, os objetivos nesse segmento de educação foram:
• Criar e planejar situações/atividades que desenvolvam nos alunos a concentração, a memória, a imaginação e a criatividade.
• Estimular o aperfeiçoamento da linguagem oral e escrita, proporcionando o resgate da autoestima de
comunicadores eficientes e capazes.
• Desenvolver estratégias que possibilitem o uso adequado da voz tanto dos professores quanto dos alunos.
• Oportunizar o desenvolvimento das habilidades comunicativas.
• Mobilizar os alunos para a leitura, interpretação e produção de textos nos diferentes gêneros discursivos.
• Promover ações que desenvolvam a autonomia dos alunos, auxiliando-os a tornar-se sujeitos críticos e reflexivos.

A atuação do fonoaudiólogo na EJA possibilita uma constante reflexão sobre o fazer fonoaudiológico no âmbito educacional. O contraste de personalidades, de realidades, conduz ao redimensionamento das ações, considerando a especificidade e a diversidade cultural dos sujeitos.



*PIERRO; JOIA; RIBEIRO. Visões da educação de jovens e adultos no Brasil. Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, novembro/2001. CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA. Resolução nº 387, de 18 de setembro de 2010. Diário Oficial da União, nº 197, de 14 de outubro de 2010 (quinta-feira), Seção
1, p. 106.


Referencia: Comunicar – Revista do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia. Ano XIII- Número 56- janeiro-março de 2013


terça-feira, 16 de abril de 2013

16 de abril - Dia mundial da voz!


Dia 16 de abril é o dia mundial da voz, e para comemorar o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto realizará a XV Campanha da Voz, que esse ano acontecerá nos dias 15, 16, 17 e 18 de abril. A campanha tem u intuito de informar a população, e também avaliar a voz e encaminhar para o médico otorrinolaringologista quando houver algum problema com a voz.
Segue abaixo a programação da Campanha.



Cuide de quem fala por você!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Autismo: veja alguns mitos


No dia 2 de abril, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo com o objetivo de ajudar a melhorar as condições de vida das crianças e adultos que sofrem o problema. Veja alguns mitos acerca da doença:


·        É uma doença psicológica ou psiquiátrica: falso. O autismo é um transtorno neurológico que afeta o desenvolvimento d cérebro e complica o comportamento de comunicação e socialização. 
·        Autistas não têm sentimentos: falso. Ainda que não seja fácil eles demonstrarem as emoções, as pessoas com autismo também choram, riem, se alegram e se entristecem, como qualquer outro.
·        A desatenção dos pais causa o autismo: falso. A doença não tem relação com a falta de atenção dos pais em relação ao filho.
·        Autistas são gênios ou têm atraso mental: falso. Não têm inteligência acima ou abaixo da média
·         alimentação influencia para que uma criança seja autista: falso. Ainda que alguns pensem que uma dieta distinta evitará que os filhos fiquem expostos a substâncias toxicas, às quais são associadas às causas do problema, o que a criança come não causa autismo.
·        Vacinas causam autismo: falso. A aplicação de vacina não tem relação com o desenvolvimento da doença. O problema neurológico começa no útero da mãe e não por um fato externo depois do nascimento.
·        Uma pessoa autista será dependente a vida toda: falso. Se uma criança autista recebe atenção e estimulação desde cedo, poderá ser uma adulto autossuficiente e capaz de estabelecer relações sociais.