quinta-feira, 26 de março de 2015

O Respirador Oral e a Fonoaudiologia



           Entre as funções estomatognáticas, a respiração exerce função vital, além de propiciar o desenvolvimento e crescimento crânio facial. Parar de respirar pelo nariz e começar a respirar pela boca (respiração oral), ou pelo nariz e boca ao mesmo tempo (respiração mista), ocasionam prejuízos ao ser humano.  


As alterações que podem ser encontradas no Respirador Oral são: 

 - crescimento crânio facial predominantemente vertical;
 - palato ogival;
 - dimensões faciais estreitadas;
 - hipo desenvolvimento dos maxilares;
 - narinas estreitas e/ou inclinadas;
 - frequente protrusão dos incisivos superiores;
 - alteração de tônus com hipofunção dos lábios;
 - lábio superior retraído ou curto e inferior evertido ou interposto entre dentes;
 - anteriorização da língua ou elevação de seu dorso para regular o fluxo de ar;
 - cabeça mal posicionada em relação ao pescoço trazendo alterações para a coluna;
 - face assimétrica;
 - entre outras.

A Fonoaudiologia tem como objetivo restabelecer as funções respiratórias, mastigatórias, atos de deglutição e fala, visando o equilíbrio miofuncional.

Nestes casos, o tratamento fonoaudiológico visa conscientizar a família da necessidade da adequação da respiração. Em um segundo momento, o trabalho muscular necessário será realizado através de exercícios que adequarão a tonicidade e postura dos órgãos fonoarticulatórios, adequando as funções.



Fontes: www.cefac.br/library/artigos/c3ce66a05efaa36874f0694b8c30b61f.pdf
             www.abcdasaude.com.br/fonoaudiologia/tratamento-fonoaudiologico-e-ortodontico

sexta-feira, 20 de março de 2015

20 de Março - Dia de atenção a Disfagia

Dia 20 de março foi a data instituída pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia para chamar a atenção da população sobre as implicações da Disfagia, mas afinal o que é disfagia?


Disfagia é o nome dado à dificuldade de engolir alimentos, líquidos, secreções ou saliva, desde seu trajeto inicial da boca até a sua transição do esôfago para o estomago.
Apesar de não ser uma doença, a disfagia orofaríngea representa um sintoma que  pode causar prejuízos às condições pulmonares e nutricionais, como por exemplo desnutrição, desidratação e pneumonias aspirativas de repetição
A disfagia pode ser ocasionada por doenças neurológicas e/ou alterações das estruturas que transportam o alimento da boca ao esôfago e pode estar presente nas seguintes doenças: AVE, traumatismos cranioencefálicos, ELA, doença de Parkinson, tumores cerebrais, câncer de cabeça e pescoço e mal formações congênitas e inflamações.
Alguns dos sinais da disfagia orofaríngea são:
-  Dificuldade para mastigar, preparar e manter o bolo dentro da boca;
- Dificuldade de engolir, ou dores (odinofagia);
- Sensação de alimento parado na garganta;
- Voz alterada ou rouca após alimentação;
- Tosses, falta de ar, engasgos durante as refeições e/ou ao engolir saliva.



O tratamento para disfagia existe e envolve uma equipe multiprofissional dentre os quais estão médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros e fundamentalmente os fonoaudiólogos que são os profissionais aptos ao trabalho específico da função.
                                                                                                                                    




  Referências:



quinta-feira, 12 de março de 2015

Fono Forense: Será que seu corpo realmente concorda com o que você diz? Análise do caso Suzane von Richthofen


Nesta quinta-feira, dia 11, um programa da televisão aberta, liderado pelo apresentador Gugu Liberato, conseguiu despertar muito interesse da população em uma entrevista com Suzane von Richthofen, um caso que anos depois volta a parar o Brasil. 

Esta entrevista despertou, não apenas o olhar atento da população em geral, mas o olhar da Fonoaudiologia para uma área da comunicação não muito divulgada, a comunicação não verbal, muito representada pela Fonoaudiologia Forense.

Em análise do caso, a Fonoaudióloga Cláudia Cotes, em uma reportagem para o site Tv uol, nos revela algumas "gafes" cometidas pela jovem ao recordar o que havia ocorrido, gafes estas de concordância entre seu discurso e seu corpo. Enquanto sua postura de jovem inocente e sedutora tentava deixar seu passado para trás, as expressões do presente ainda mostravam toda a dor e ressentimento que ainda guardava.

E você? Soube reconhecer este outro lado da comunicação que ela passou? Sabe reconhecer este tipo de manifestação em outras pessoas?


Confira mais sobre Fonoaudiologia Forense em nossa postagem:http://comunicafonojr.blogspot.com.br/2014/10/fonoaudiologia-forense.html

E confira também o vídeo de análise da Fonoaudióloga Cláudia Cotes no site da TV uol: http://tvuol.uol.com.br/video/especialista-analisa-expressoes-faciais-da-entrevista-de-suzane-no-gugu-04024D1B316EE4995326

quarta-feira, 4 de março de 2015

Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?


A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses. Aos 2 anos, elas são capazes de formar frases com duas palavras, pronunciar entre 30 e 50 delas e compreender cerca de 200. Mas é claro que cada uma tem o seu próprio ritmo. Além disso, diversos fatores influenciam o processo, como estímulos, deficiências auditivas e neurológicas e até mesmo o sexo. “As meninas, de um modo geral, tendem a falar antes. Assim como acontece com o desenvolvimento físico, elas são mais precoces do que eles também na aquisição da linguagem”, explica a fonoaudióloga Irene Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBF).
Entre os 4 e os 5 anos, segundo a especialista, espera-se que todos os fonemas (som das letras) já tenham sido adquiridos, incluindo os mais difíceis como “r” e “l”. Mas até aprender a falar tudo, as crianças obviamente irão trocar algumas letras e comer outras. Também é normal repetir palavras ou sílabas, pois muitas vezes a fala não acompanha a velocidade do pensamento. Quando, então, é o caso de consultar um fonoaudiólogo? “O processo de aquisição da linguagem acontece por etapas. Primeiro a criança balbucia, depois fala algumas palavras, monta frases, pronuncia todos os sons corretamente, e assim por diante. Não ocorre de um dia para o outro.Se os pais, o pediatra ou a escola perceberam que há atraso em alguma fase, vale a pena buscar ajuda de um especialista”, diz Irene.

Fora da zona de conforto
Não é regra, mas acontece com frequência: as crianças costumam, de fato, soltar a língua quando entram na escola. Isso porque, longe de casa, são obrigadas a se virar sozinhas. Têm de se esforçar para se comunicar e interagir. O contato com outras crianças e com os professores também é um ótimo estímulo para aumentar o vocabulário e aprender palavras que fazem parte do cotidiano de outras famílias. A escola sozinha, entretanto, não faz milagre. “Muitas vezes, o pediatra recomenda que a família aguarde até a criança entrar na escola, por volta dos 2 ou 3 anos. Mas se ela fala muito menos do que o esperado para a idade dela antes disso, vale a pena fazer uma avaliação fonoaudiológica. Nem que seja para tranquilizar os pais”, recomenda a fonoaudióloga Flávia Ribeiro, fonoaudióloga do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim (SP)


Por que ele não fala ainda?

Entre os problemas mais comuns que causam atraso na linguagem estão os auditivos, os neurológicos (como autismo e síndrome de Down) e os respiratórios. As deficiências na audição são a primeira coisa a ser investigada. Pois mesmo que a criança tenha feito o teste da orelhinha ao nascer, otites de repetição e outras doenças podem afetar a audição e, por consequência, a fala. Já os problemas respiratórios, como rinite e outras doenças que fazem a criança respirar de boca aberta, prejudicam o tônus muscular, de modo que as palavras não são pronunciadas corretamente – o mesmo ocorre por causa do uso exagerado de chupetas e mamadeiras.

Muitos casos de atraso na linguagem não exigem um longo tratamento, apenas uma orientação aos familiares para estimular a criança adequadamente no dia a dia. Em vez de dar tudo de imediato, por exemplo, eles terão de aprender a esperar que ela peça, e não apenas aponte o que quer. Também acontece muito de os pais ou cuidadores repetirem as palavras erradas, do mesmo jeito que a criança, quando o  melhor é ensiná-las o jeito correto. “A linguagem e o pensamento estão interligados. A falta, portanto, pode interferir no desenvolvimento como um todo. Aos 3 anos de idade, uma criança já é capaz de falar do passado. Mas se só sabe apontar, como é que vai aprimorar a habilidade narrativa?”, exemplifica Flávia.