sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Detalhando os Hábitos Orais Deletérios mais comuns na infância

Detalhando os Hábitos Orais Deletérios mais comuns na infância
Uso da Mamadeira
A partir da 29a semana de vida intra – uterina já se pode observar a sucção por meio de registros de ultrassonografia.
Quando a criança tem amamentação natural (por meio do seio materno), normalmente acaba saciando sua necessidade alimentar e de sucção ao mesmo tempo, e fica satisfeito, além de exercitar sua musculatura. Já uma criança que recebe o alimento por mamadeiras apresenta tendência para colocar o dedo na boca e, como o bico da mamadeira permite um maior fluxo de saída de leite, é nesse momento que sugar se torna um hábito.
Alguns estudos apontam que quando o hábito de sucção persiste até os 4 anos de idade, há uma prevalência maior de mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior e sobressaliência excessiva.
Por meio de uma alimentação variada, a criança vai descobrindo os diversos sabores, as consistências, as temperaturas, texturas, os volumes e as formas dos alimentos. Neste momento, não se faz necessário uso de mamadeiras o dia todo, bem como antes de dormir, devido às cáries e porque o leite acaba por satisfazer a fome da criança deixando de experimentar outros tipos de alimentos.
mae%20e%20filho%20mamadeira[1]
Chupar Chupeta
O uso de chupetas pode não só prejudicar a posição dos dentes das crianças, mas também de todas as estruturas musculares com que estes se relacionam, podendo levar á prejuízos na fala, respiração, deglutição, mastigação e até no sorriso (estética) da criança.
Alguns estudos sugerem preferencialmente que a chupeta deve ser evitada, já que as crianças que mamam ao peito normalmente não precisam desse complemento, pois durante a amamentação a necessidade de sucção já é saciada. Assim, nem todo o bebê precisa usar a chupeta, só em casos em que é necessário complementar a necessidade de sucção, e se for usada, deverão ser respeitadas regras, para que não se instale um hábito.
O uso de bicos artificiais pode levar ao fenômeno da “confusão de bicos”, uma forma errônea do bebê posicionar a língua e sugar o peito, levando-o ao desmame precoce.
A chupeta só deve ser utilizada com o propósito de evitar o hábito de sucção de dedo, por trazer danos mais severos ao desenvolvimento buco-facial e ser um hábito mais difícil de ser removido.
Uso racional da chupeta:
Frequência: o uso deverá ser mínimo, sendo indicado só em momentos de stress ou para adormecer, mas não frente a qualquer choro do bebê. Muitos adultos a usam por não tolerarem o choro do bebê.
Duração: usar apenas até o bebê se acalmar ou adormecer. Não recolocar quando o bebê largar a chupeta. 
Idade: a sucção passa a ser substituída pela mastigação com o amadurecimento da criança, o que envolve outros músculos, e deverão ser estimuladas pelos pais. Nesse momento, o uso da chupeta deverá ser interrompido. É recomendado que a criança pare de utilizar a chupeta até os dois anos, quando a fala fica mais desenvolvida.
Tipo: podem variar em forma, tamanho e material. A forma ideal é anatômica (chupeta ortodôntica), pois se adapta perfeitamente à cavidade bucal da criança e permite um maior contato da língua com o palato durante a deglutição. Sua forma permite também uma melhor pressão dos lábios em virtude de seu formato achatado e bulbo curto.O tamanho deve acompanhar a idade.
O uso incorreto da chupeta, associado ao padrão genético da criança, poderá causar alterações na oclusão (mordida), que podem ser: mordida aberta anterior (dentes de cima não encostam nos de baixo); mordida cruzada posterior (a parte de cima fica “apertada”, mal desenvolvida, e não encaixa com a de baixo), dentes de cima projetados para frente (e os de baixo para trás), alteração na fala e no padrão de deglutição (por interposição lingual), alteração dos padrões respiratórios, entre outros.
chupetas[1]
Sucção Digital (Chupar Dedo)
Alguns exames que são realizados durante a gravidez permitem observar que alguns bebês chupam o polegar dentro da barriga da mãe, desde a 18º semana de gestação.
A sucção é muito importante para as crianças até dois anos de idade e em algumas delas a necessidade de sucção é maior. O bebê suga não apenas para matar a fome, mas também para saciar sua vontade de sugar.
Além disso, bebês começam a conhecer o mundo pela boca. Além da mão, tudo o que pegarem levarão à boca. Os cuidadores devem ficar atentos se o que for à boca seja somente o dedo e se o bebê o sugue efetivamente.
O bebê amamentado exclusivamente até os seis meses de vida normalmente tem sua necessidade de sugar saciada e dificilmente vai aceitar uma chupeta ou sugar o dedo.
O uso da chupeta em muitos casos pode prevenir a sucção do dedo, porém deve ser usada com moderação. Para não permanecer o hábito, faz-se necessária uma conduta disciplinada. Por volta dos dois anos de idade, a criança já apresenta vários dentes, sendo prejudicial para acomodação da língua a colocação de outro material entre os dentes, seja a mamadeira, chupeta ou dedo, e podem levar á alterações nas arcadas dentárias.
O hábito de sugar o dedo causa padrão anteriorizado da língua entre os dentes, causando deformação na arcada dentária e alteração da produção de sons como: /t/, /d/, /s/, /z/ e /n/.
Para evitar a sucção do dedo, além do aleitamento materno, a mamãe precisará de muita paciência. Para tentar tirar o dedo do caminho à boca, ofereça mordedores, assim a criança se entreterá com o brinquedo e esquecerá o dedo.Chupar%20dedo[1]Onicofagia (Roer Unhas)
É comum por volta dos cinco anos de idade as crianças começarem a roer as unhas diante de algumas situações. Este hábito pode permanecer durante a adolescência e idade adulta e está fortemente ligado a um estado de tensão emocional, como por exemplo, ansiedade, nervosismo e medo. As crianças, os adolescentes, ou mesmo, os adultos, quando se vêem em uma situação angustiante, começam a roer unhas.
Certos métodos como o uso de pimenta no dedo, tapa na boca, chamar a atenção e deixar de castigo pode deixar a criança ainda mais nervosa e então reforçar o hábito de roer as unhas, tornando-o mais intenso.
Assim como os demais hábitos acima citados, roer unha pode também trazer alterações de oclusão, prejudicar os dentes, causar dores na articulação próxima ao ouvido (ATM), além de poder transmitir doenças, pois a unha está sempre em contato com diversas sujeiras e levadas a boca pode ser meio de transmissão de diversas doenças.
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30/06/2009

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

AUTISMO É ISSO MESMO????

Como todos sabem, nosso blog tem o intuito de informar e debater com pessoas, profissionais ou não da fonoaudiologia, sobre assuntos relacionados a ela. Essa semana, na mídia, mais especificamente na novela Amor a vida, surgiu um assunto de uma polêmica incrível: Relacionamentos amorosos e autismo. A partir do que já sabemos e de um conteúdo bem legal que encontramos a respeito, vamos estar debatendo um pouquinho deste assunto com vocês.
Bom, primeiramente, sabemos que o Transtorno do Espectro Autista é uma doença muito difícil, tanto em seu tratamento, quanto no dia-a-dia. Se já é difícil na vida real, imagine para levar isso para o mundo da ficção. A ideia do autor de popularizar o autismo e diminuir o preconceito é ótima, e a atriz também, podemos perceber que está interpretando bem um papel dificílimo. Porém, em muitas cenas a gente percebe que a dramaturgia fala mais alto que a vida real, ou seja, não podemos levar a Linda como um exemplo puro de uma pessoa com autismo, ainda mais em nível grave, como o autor quis retratar. Seus sintomas são confusos.

O autismo tem graus variados, com complexidades distintas, e os sintomas não são sempre os mesmos. Mas o mais importante também é que o tratamento não é tão simples como eles apresentam. Primeiro por um autista não ser tratado somente com um psicólogo, mas com fonoaudiólogos, TO, fisioterapeutas, neuros, psiquiatras, enfim, o acompanhamento é bem maior. A Linda teve uma melhora absurdamente rápida, o que não ocorre na vida real, e não tem relação alguma com a capacidade ou empenho do profissional que está tratando. O autista tem grande dificuldade de observar as ações de uma pessoa adulta, o que reflete na dificuldade de seu aprendizado, uma vez que se observa e depois tenta repetir a ação para se aprender. Ela também tem o agravante de ter tido o começo de um tratamento depois da vida adulta, quadro que piora muito o desenvolvimento, quando tratado desde criancinha, em algumas fases, ela pode até se desenvolver como uma criança que não tem o transtorno.
Então, só para esclarecer melhor, uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista vai ter comprometimento na comunicação, com atraso na compreensão e produção da fala; na socialização, com dificuldades em manter contato visual, e social mesmo, com outras pessoas; comportamento, que vai desde inconvenientes ações para determinados momentos até auto-lesão em muitas vezes.
Em questões de relacionamentos, é então muito importante para o autista que ele tenha mesmo contato com outras pessoas. Mas um relacionamento, amoroso como o mostrado na novela já é mais complexo. Tem que ser levado em conta o grau, as condições das duas partes, o consentimento da família é muito importante, várias coisas. Muitos autistas se casam, tem filhos, mas outros são totalmente dependentes dos pais ainda, mesmo depois de grandes. Se ele é diagnosticado como um incapaz, quer dizer que para sempre ele precisará ser monitorado e cuidado por um adulto, será uma eterna criança nesse aspecto. Ou seja, é como se seu filho se apaixonasse na 2ª série, ok, mas nem por isso você irá permitir que ele tenha um relacionamento, ou se case, pois ele ainda é seu dependente. É assim que perante a lei ele é visto e em muitos casos pelo fato de sua leitura do mundo é realmente o que acontece. Ah e mesmo um autista com grau leve tem que ter a aprovação dos pais, para evitar a aproximação de pessoas mal intencionadas.

Sim, sabemos que essas informações meio que acabam com a magia que a novela nos remete, mas não é maldade, é vida real.


Fonte:
O Divã de Einstein - http://scienceblogs.com.br/odiva/2014/01/e-a-moca-autista-da-novela-heim/
Revista Veja - http://veja.abril.com.br/noticia/saude/linda-a-autista-da-novela-nao-deve-namorar-dizem-especialistas

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Menina em apresentação de coral traduz canção em linguagem de sinais para os pais que são surdos


O jardim da infância inteiro reunido, 120 crianças juntas cantando em concerto de natal da escola, em Clearwater, EUA. A turma canta e faz a coreografia que a professora ensinou para as musicas natalinas.

No meio de tanta fofura foi a menina de cabelos loiros que conquistou todos, Claire Koch, 5 anos. Filha de pais surdos, durante a apresentação ela faz gestos, que não são uma dança, é um jeito de falar, única forma de os pais da garotinha, entenderem o que ela estava cantando, a língua de sinais. Vejam:



Os pais dizem que o gesto da filha foi, além de divertido, muito inspirador e o deixou muito orgulhoso.   

A menina aprendeu a linguagem de sinais e o Inglês simultaneamente desde bebê.

As crianças ensaiaram por três meses e durante esse tempo Claire não usou a linguagem de sinais na sala de aula nenhuma vez, somente na apresentação, uma bela surpresa para todos.   

A performance da menina retrata um gesto de amor e inclusão.  
  

Fonte: g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/menina-traduz-apresentacao-de-natal-para-linguagem-dos-sinais/3035446

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Consumo excessivo de Aspirina pode levar a surdez

             Segundo uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP em 2007, feita por Ijanete de Almeida (na época estudante de Fonoaudiologia) orientada pelo médico Miguel Ângelo Hyppolito, revela que medicamentos a base de salicilato de sódio, substância comum em remédios como Aspirina, Voltaren, Cataflan, AS, Sonrisal e Melhoral Infantil e seus genéricos, causam danos a audição, e, se ingeridos em grande quantidade, podem levar a surdez.

               A perda auditiva causada por doses excessivas de salicilato de sódio já era reconhecida no meio científico, assim como a reversão dessa perda, que ocorreria entre 24 e 72 horas. Porém, com o estudo feito, foi verificado que essa perda pode durar sete dias ou 168 horas.
               
            Ao realizar uma audiometria, por exemplo, em pacientes que fazem uso desse tipo de droga, já pode-se esperar que o sistema auditivo desse indivíduo não esteja íntegro.

               A autora da pesquisa ressalta também a importância de acompanhamento médico em tratamentos, e principalmente sobre a questão de automedicação.