quinta-feira, 27 de março de 2014

Disfunção no ouvido interno pode ser a chave para TDAH

Pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine de Nova York

descobriram que a disfunção pode causar diretamente distúrbios

neurológicos, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

      Conforme dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, estima-se que cerca de 3% a 7% das crianças em idade escolar e cerca de 5% dos adultos sofrem de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, um número relativamente alto, comparado a outros transtornos. 
     O TDAH é um transtorno comportamental neurobiológico caracterizado por desatenção, inquietude, hiperatividade e impulsividade, que causam dificuldades e problemas de aprendizagem e de convívio social. Ainda de acordo com a OMS, estima-se que uma a cada cinco crianças no mundo, em torno de dois anos de idade, serão afetados por distúrbios no ouvido médio e ouvido interno. 

      Tradicionalmente sempre associou que causa de transtornos comportamentais, como o TDAH, seria anomalias ou problemas neurológicos. Em um novo estudo, publicado na edição online da revista Science de 05 de setembro, os cientistas do Albert Einstein College of Medicine da Yeshiva University descobriram que uma disfunção do ouvido interno em ratos causou alterações neurológicas que levaram à hiperatividade.
     Durante anos, os cientistas têm observado que muitas crianças e adolescentes com com distúrbios na orelha interna - particularmente graves distúrbios que afetam tanto a audição como o equilíbrio - também sobrem de problemas comportamentais, como TDAH, transtorno opositor-desafiador, transtornos de humor, transtornos de ansiedade, entre outros. Porém, até agora, ninguém tinha determinar se as doenças do ouvido e do comportamento estavam realmente interligadas. Este é o primeiro estudo que confirma a interligação entre os dois. A gênese da pesquisa ocorreu quando os cientistas descobriram que ratos de laboratório surdos, com defeitos graves do ouvido interno, também ficaram curiosamente hiperativos em comparação com camundongos sem os defeitos no ouvido. O estudo, que também implicou na descoberta da mutação de dois genes cerebrais, que estariam envolvidos no processo de controle de todo o sistema nervoso central, proporciona alvos potenciais para novas intervenções e pesquisas.
     "Nosso estudo fornece a primeira evidência de que a deficiência sensorial, como a disfunção do ouvido interno, pode induzir alterações moleculares específicas no cérebro que causam comportamentos desajustados tradicionalmente considerados originários exclusivamente no cérebro" disse o pesquisador Prof. Jean Hebert, da Albert Einstein College of Medicine, em Nova York.
     O ouvido interno consiste de duas estruturas, a cóclea (responsável pela audição) e do sistema vestibular (responsável pelo equilíbrio). Desordens no ouvido interno são tipicamente causadas por defeitos genéticos, mas também podem resultar de infecções (otite média) ou lesão.

Quer saber mais sobre o estudo? -http://www.winaudio.com.br/produtos-e-servicos/noticias-em-audiologia/3795-disfuncao-no-ouvido-interno-pode-ser-a-chave-para-tdah.html

Escrito por Kendra Chihaya, 18 de Setembro de 2013.


sexta-feira, 21 de março de 2014

"Disfagia o problema é mais comum do que imaginamos" - Informe-se!



Dia de atenção à disfagia tem orientação e debates


A disfagia é uma alteração na deglutição, ou seja, no ato de engolir alimentos ou saliva. E, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) instituiu o dia 20 de março como o Dia de Atenção à Disfagia em todo o país. No Rio, os fonoaudiólogos estarão, a partir de 20 de março, em diversas unidades de saúde, orientando a população sobre os sintomas silenciosos da disfunção e suas consequências.

A doença pode ocorrer em diferentes fases da vida, especialmente em idosos, podendo trazer sérias consequências à saúde.  Alguns sinais da disfunção são  dificuldade ao engolir, sensação de algo parado na garganta, tosses ou engasgos frequentes causados por alimentos ou pela saliva, notar cansaço, febre, rouquidão ou restos de comida na boca após a alimentação.
Entre os pólos de orientação estão os setores de Fonoaudiologia do Posto de Saúde Dr. Garfield de Almeida, Hospital de Emergência da Prefeitura de Resende e Centro Médico de Reabilitação e Hidroterapia de Resende, Hospital Municipal Francisco da Silva Telles , Hospital Municipal Lourenço Jorge , Hospital Estadual Eduardo Rabello , Centro de Convivência do Idoso de Macaé, Hospital PLACI, Postos de Saúde da Família de Três Rios, Hospital Municipal de Magé e Hospital Estadual Prefeito João Batista Caffaro.

Fonte: Catacra Livre (consultada em 21/03/2014)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Dislexia, conheço alguém com ela?

A dislexia é um distúrbio de ordem neurológica que prejudica o entendimento de textos e de símbolos gráficos. É comum em um quadro de dislexia que a pessoa precise reler várias vezes um texto para compreendê-lo. Ela também afeta a linguagem escrita: em alguns casos, o disléxico escreve a mesma palavra de formas diferentes em um mesmo texto sem perceber. Também ocorre de a pessoa confundir palavras que têm sonoridades parecidas ao ouvi-las.
É normal que pessoas com dislexia descubram tê-la somente na fase adulta, ou então acabam nunca sabendo que a tem. 
Um disléxico terá dificuldades escolares, porém não o impede de concluir seus estudos, uma vez que em grande parte dos casos são pessoas inteligentes, porém que muitas das vezes não sabem lidar com a simbologia escrita. 
O disléxico normalmente adquire formas de lidar com sua dificuldade, porém a falta de tratamento e diagnóstico poderá sempre causar uma sensação de insegurança para esse indivíduo, uma vez que sua capacidade sempre será colocada em questão, em geral por ele mesmo.
Portanto, não importa a idade, se você conhece alguém que apresenta leitura lenta e pouco fluente, erros ortográficos sempre presentes, demora na construção de frases, dificuldade de seguir ordens longas, escrita espelhada, falta de concentração, dificuldades com noções de tempo e espaço, oriente-o a ir em um fonoaudiólogo, esses podem ser alguns sinais de um distúrbio muito comum que pode ser tratado. 

Fonte: 


domingo, 9 de março de 2014

A Comunica Fono Jr parabeniza todas as mulheres pelo seu dia!

Que a nossa garra e força, sejam sempre reconhecidas!

Feliz dia Internacional das mulheres!

sexta-feira, 7 de março de 2014

A gagueira é tão séria quanto a dislexia e o TDAH

Assim como já vem ocorrendo com a dislexia e o TDAH (condições que estão inclusive suscitando a criação de leis específicas para melhorar sua identificação precoce nas escolas), a gagueira, por força de sua prevalência (e também de sua significativa consequência), está finalmente começando a ser vista de forma menos negligente no ambiente escolar - pelo menos na Inglaterra. Esta é a perspectiva trazida pelo lançamento do programa educacional britânico "Wait, Wait, I%u2019ve not finished yet" ("Espere, espere, ainda não acabei%u2026"):
O objetivo do programa é oferecer a crianças com gagueira um apoio especializado semelhante ao que já é dado a crianças com dislexia e TDAH nas escolas britânicas, bem como capacitar professores para identificar e auxiliar alunos com distúrbios da comunicação oral.
O programa foi lançado pelo ator, escritor e comediante inglês Michael Palin (mais conhecido por ser um dos integrantes do famoso grupo Monty Python) e pelo secretário de educação britânico, Ed Balls. A reportagem também contou com a participação de Cherry Hughes (diretora educacional da British Stammering Association - Associação Britância de Gagueira).

Durante o lançamento, Michael Palin falou sobre sua experiência pessoal com a gagueira na família (seu pai era gago) e sobre a importância de oferecer ajuda especializada a crianças que gaguejam. Seu ativismo em favor de pessoas com dificuldades de comunicação teve início logo depois de seu papel no filme "Um Peixe Chamado Wanda", de 1988, em que ele interpretou um personagem com gagueira severa.

Ed Balls também falou sobre sua experiência pessoal com a gagueira e sobre as enormes dificuldades enfrentadas por essas crianças, entre elas o bullying. Na ocasião, ele manifestou o desejo do governo de ampliar ainda mais a ajuda para estudantes com dificuldades de comunicação.
Dado o enorme impacto que a gagueira pode ter sobre a qualidade de vida de uma pessoa, bem como a absoluta falta de conhecimento que a maioria da população ainda tem sobre o que é a gagueira persistente e qual a melhor forma de lidar com ela, o exemplo britânico deveria servir de estímulo para que outros países começassem a incluir a gagueira entre os distúrbios do neurodesenvolvimento que precisam muito de identificação precoce, tal como o autismo, a dislexia ou o TDAH %u2013 afinal, assim como ocorre com todos eles, a janela ideal de intervenção na gagueira tende a ser estreita.