quinta-feira, 26 de junho de 2014

“Teste da Linguinha” agora obrigatório em todos os recém-nascidos

Sancionada na última sexta-feira (20/06/2014) pela presidente Dilma Rousseff a Lei 13.002/14 que obriga a realização do exame da língua em recém-nascidos.

Segundo a notícia do site Site Uai, na seção Saúde Plena, a lei torna o 'teste da linguinha' obrigatório e estabelece um prazo de 180 dias para adequação das instituições de saúde. O teste identifica problemas que podem resultar em dificuldades na fala, sucção, deglutição e mastigação. O Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês, nome oficial do exame, pode verificar inclusive se há a necessidade de cirurgia para corrigir possíveis irregularidades no frênulo lingual, estrutura que liga a parte inferior da língua à boca. 

De acordo com as informações do Saúde Plena, a fonoaudióloga Roberta Martinelli, articuladora da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), explica que diversas publicações científicas nacionais e internacionais demonstram a importância da intervenção precoce, evitando o desmame antes da hora. "O impacto da língua presa na amamentação é muito grande. É oportuno ressaltar que bebês com língua presa mamam, mas cansam e não se saciam. Portanto, há um ciclo de alimentação ineficiente e estressante. Normalmente, são bebês que têm um intervalo muito pequeno entre as mamadas. Além disso, as mães relatam incômodo para amamentar e engasgos frequentes durante o processo", explica a especialista.

Segundo Roberta, o teste da linguinha é rápido, indolor e sem custo. Eleva-se a língua do bebê e observam-se as características do frênulo e da língua, bem como o movimento da língua durante o choro. Também é observado como o bebê suga o dedo do avaliador e como suga o mamilo materno. "O teste da linguinha pode ser realizado por qualquer profissional da saúde qualificado para isso, e não só por fonoaudiólogos", acrescenta.

O autor do projeto que deu origem à lei (PLC 113/2013), deputado Onofre Agostini (PSD-SC), esclareceu que o diagnóstico precoce possibilita o tratamento imediato e a prevenção dos problemas decorrentes da anquiloglossia, termo científico que designa a anomalia. Os problemas de sucção, por exemplo, podem levar o bebê a ser desmamado antes do tempo certo.

O relator do projeto no Senado, Eduardo Amorim (PSC-SE), que é médico, explicou que o exame é simples, rápido e indolor. Enquanto o bebê está mamando, o profissional de saúde faz a avaliação anatômica e da força de sucção, além de análise dos batimentos cardíacos, da respiração e da saturação do oxigênio.


As informações retiradas da notícia, publicada no dia 24/06/2014, do site Site Uai, tem como fonte informações da Agência do Senado.


Para maiores informações sobre o teste, acesse:





Fonte: 






sábado, 14 de junho de 2014

Dica de site para utilizar em Terapia Fonoaudiológica

         Hoje o blog trás uma dica para os fonoaudiólogos que querem  inovar e  buscar  novos  recursos e métodos para suas terapias de forma gratuita, trata-se do site Reab.me. Criado em 2009, o Reab é o espaço online brasileiro sobre Reabilitação. Com conteúdo que abrange desde questões conceituais básicas, como definições sobre doenças e tratamentos, até assuntos práticos, como orientações à familiares e profissionais sobre métodos e recursos, o Reab busca auxiliar todos envolvidos no processo terapêutico e no cuidado diário aos clientes de Reabilitação. Com 4 anos de existência, o Reab se tornou um espaço de atualização e troca para familiares, estudantes e profissionais da áreas relacionadas à Reabilitação.






Além de disponibilizar atividades para a reabilitação o Reab disponibiliza materias para orientações para pais e cuidadores além de aplicativos, livros e manuais para diversas doenças como o Autismo, Demência, Afasia e Alzheimer. Vale a pena conferir e enriquecer sua terapia fonoaudiológica.

domingo, 1 de junho de 2014

O que é disfagia????



A fonoaudiólogo trabalha com o distúrbio de deglutição, fazendo com que a pessoa volte a engolir o alimento sem perigos de que ele caia no pulmão, afastando a possibilidade de uma pneumonia aspirativa, que pode levar a sérios problemas de saúde, inclusive o óbito.
Disfagia pode ser definida como dificuldade de deglutição. Caracteriza-se por um sintoma comum de diversas doenças. Pode ser causada por alterações neurológicas, como a acidente vascular encefálico (AVE), ou derrame, outras doenças neurológicas e/ou neuromusculares e também alterações locais obstrutivas, como as doenças tumorais do esôfago. O propósito fundamental da identificação da causa da disfagia consiste em selecionar melhor o tratamento que pode variar desde o tratamento da reabilitação fonoaudiológica, a alteração da consistência dos alimentos para evitar a aspiração do conteúdo para o pulmão e pode ter um foco completamente diferente como o cirúrgico, no caso de doenças neoplásicas do esôfago.
Medidas adicionais paralelas ao disgnóstico das causas seria o de evitar, o máximo possível, as complicações da disfagia: desidratação, infecções pulmonares e subnutrição.
Sintomas: Os pacientes podem apresentar uma regurgitação nasal e tosse durante a deglutição, como resultado de uma anormalidade na transferência do alimento da cavidade oral para o esôfago. Frequentemente, existem outros sinais de algum distúrbio neurológico associado, mesmo que sutil.
A presença de dor sugere a coexistência de um outro sintoma: a odinofagia. A disfagia pode afetar crianças, adultos e idosos, sendo mais comum nesta ultima faixa etária devido a maior prevalência das doenças causais.
Os pacientes com comprometimento da motilidade esofágica podem apresentar dor torácica e executar manobras, como deglutir repetidamente e a valsalva, que alivia a disfagia.
TRATAMENTO:
O tratamento fonoaudiológico visa a exercitação da musculatura envolvida na deglutição, aumentando a duração e a força dos movimentos da faringe, além de desenvolver uma melhor coordenação e controle dos movimentos envolvidos na deglutição. É importante desenvolver hábitos e condutas que facilitem a alimentação.
O trabalho consiste de exercícios e manobras facilitadoras com intuito de reduzir o tempo de reabilitação do paciente, possibilitando ao paciente a conquista de sua independência funcional motora ou comunicativa, ou seja, desenvolver a capacidade de usar mecansmos adaptativos ou compensatórios, que embora não alcancem a função normal, não impedem a realização da atvidade.
O processo terapêutico é único para cada paciente e deve apoiar-se na sua avaliação individual.
A terapia deve incluir um trabalho direto ou indireto da deglutição.
O trabalho direto significa a introdução do alimento via oral e reforço de comportamentos adequados durante a deglutição, através de técnicas ativas, são elas: o treino da deglutição com a saliva e alimentos em diferentes consistências, volumes, temperaturas e sabores. Trabalha-se também com posturas compensatórias naqueles pacientes com perdas estruturais ou funcionais importantes.
A terapia indireta significa utilizar exercícios para melhoras os controles motores que são pré-requisitos para uma deglutição normal, através de técnicas passivas. Estas técnicas são mais utilizadas em pacientes com rebaixamento cognitivo ou não colaborativos, evitando o desenvolvimento de hipersensibilidade oral e reações patológicas e ainda estimulando os reflexos de proteção (tosse e vômito) e deglutição, evitando a aspiração da saliva e preparando para retorno da alimentação via oral.
A terapia fonoaudiológica deverá envolver exercícios de resistência muscular; melhora do controle do bolo alimentar dentro da cavidade oral (mobilidade e motricidade de órgãos faciais); aumentar o fechamento dos tecidos no topo da via aérea, principalmente as pregas vocais; mobilidade laríngea; manobras posturais e estimulação do reflexo de deglutição.
Fonte: Fga. Arlete Barth - http://www.arletefonoaudiologia.com.br/a-profissional/disfagia-dificuldade-de-engolir/